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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Relógio





A cada segundo relembro o passado que tivemos, mas este deixa-me sempre com uma lágrima no canto do olho. Não sei o porquê de ter começado, nem o porquê de ter saudades... Tick tock, faz o relógio que levo sempre comigo, ele é o meu diário, é onde eu registo tudo o que se passa e nunca me engana. Ao olhar para o relógio e poder ouvir o seu simples tick tock faz-me pensar que nem tudo na vida é constante como o segundo do relógio; que nem tudo é para sempre como os minutos do relógio e que muitas vezes nos desiludimos como nas horas do relógio.
Ao olhar para outro relógio vejo outra memória, outra pessoa, mas nada é como o relógio que nos descreve e que nos acompanhou desde sempre, ele é o único de nós os dois que não mudou em nada. Gostava de conseguir ver outras horas, outros minutos e outros segundos, mas não consigo mudar nem quero mudar o relógio, pois tenho que enfrentar estas mesmas horas e fazer com que crie outras horas neste relógio. Mas como em tudo na vida, temos que escolher: manter e aceitar ou mudar e continuar, eu prefiro o primeiro. Pois, é neste relógio que vejo uma história não com um final feliz, mas com um acontecimento marcado e com muitas vivências registadas.
A vida é curta de mais para andarmos a mudar constantemente de relógio. 

Um comentário:

  1. Diana, às vezes fico sem palavras para dizer tudo o que sinto. Existem alguns textos teus que me marcaram para sempre, textos de verão e que ficaram lá. Tens razão, por muito que eu sinta saudade esse não é um motivo suficientemente forte para mudar a minha vida, para mudar de relógio. Amei este texto, amei todas as palavras e todas as frases. Amei o tempo que perdi a lê-lo e esse é o motivo pelo qual, a cada dia que passa e te conheço melhor percebo que tudo na minha vida sobre ti me faz crer que não posso de maneira nenhuma mudar de relógio.

    ÉS PERFEITA EXACTAMENTE DA FORMA QUE TU ÉS.

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